Em novembro de 2015 ocorreu o rompimento da barragem de Fundão, liberando cerca de 40 milhões de metros cúbicos de minério de ferro na natureza e provocando um dos maiores desastres ambientais do Brasil. O lixo tóxico chegou até a foz do Rio Doce e foi despejado no Oceano Atlântico. O GEMARS é uma das instituições que fez parte do Programa de Monitoramento da Biodiversidade Aquática e foi responsável pelo projeto “Monitoramento de Cetáceos a partir de Técnicas de Sobrevoos” (2019-2022). O principal objetivo foi avaliar e monitorar a distribuição e abundância da megafauna marinha em áreas potencialmente impactadas ao redor da foz do Rio Doce e áreas protegidas adjacentes (APA Costa das Algas e REVIS de Santa Cruz).
Foram registradas diversas espécies de cetáceos e um elevado número de elasmobrânquios, tartarugas e aves marinhas, ressaltando a grande biodiversidade do litoral do Espírito Santo e sua importância ecológica. Os estudos desenvolvidos são fundamentais para gerar informações de base, que poderão ser utilizadas na análise dos impactos da lama no meio ambiente e entender de que forma as espécies que habitam a região estão sendo afetadas.