Espécies

Conheça as espécies que pesquisamos:

Toninha

Características

Nome Científico: Pontoporia blainvillei

Nomes comuns: Toninha

Status internacional: Vulnerável (VU) (classificação da IUCN).

Status no Brasil: Criticamente em Perigo (CR) (classificação do MMA).

Distribuição: Endêmica do Atlântico sul ocidental, nas águas costeiras do Brasil, Uruguai e Argentina.

Habitat: Habita águas costeiras, geralmente entre 0 e 20 m de profundidade no ES até norte de SC, porém chegando até aos 50m no sul do Brasil, Uruguai e Argentina.

Ameaças: Capturas incidentais em redes de pesca e degradação ambiental em geral.

Comprimento: Fêmeas são maiores que machos, com tamanhos máximos de 1.74m e 1.58m, respectivamente. Entretanto as Toninhas que habitam águas ao norte de Florianópolis são cerca de 20% menores que as do sul.

Peso: Adultos variam de 35 a 55 kg, dependendo da área geográfica.

Tamanho de grupo: 1-6, podendo formar aglomerações de até 50 indivíduos.

Dieta: Alimenta-se de uma grande variedade de peixes juvenis (~5cm) de diversas espécies, e cefalópodes. Camarões são importantes nos primeiros meses de vida.

Reprodução: Machos e fêmeas maturam entre 3 e 5 anos de idade. Nasce apenas 1 filhote a cada 1 ou 2 anos. Apresenta monogamia social, onde um macho acompanha a fêmea por um período antes e depois do nascimento do filhote.

Curiosidades: Espécie bastante “tímida”, raramente se aproximando de barcos a motor. Existem duas populações isoladas e com alto risco de extinção: uma no Espírito Santo e outra no norte do Rio de Janeiro.

Baleia-franca-austral

Características

Nome Científico: Eubalaena australis

Nomes comuns: Baleia-franca-austral

Status internacional: Least concern (LC) (Red List/IUCN - 2021).

Status no Brasil: Em Perigo (EN) (Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção - 2018).

Distribuição: oceanos do hemisfério sul, e suas principais áreas reprodutivas são o sul do Brasil, Península de Valdés, África do Sul e Austrália.

Habitat: As baleias-francas-austrais passam o verão austral nos pólos onde se alimentam e migram anualmente no período do inverno austral para águas tropicais para acasalamento e nascimento dos filhotes. Nestes locais se mantém em áreas costeiras, em geral, fêmeas com filhotes são avistados próximos à zona de rebentação, em profundidades inferiores a 20 m. Grupos competitivos permanecem mais distantes da região das ondas, em profundidades maiores (60 m).

Ameaças: Colisões com embarcações de grande porte, capturas incidentais em redes de pesca e degradação ambiental em geral.

Comprimento: A espécie pode medir entre 15 e 18 metros de comprimento quando os indivíduos se tornam adultos, sendo que as fêmeas são um pouco maiores que os machos.

Peso: As fêmeas adultas podem chegar a pesar 60 toneladas ou mais, já os machos adultos raramente pesam mais que 45 toneladas.

Tamanho de grupo: As baleias-francas-austrais como a maioria das baleias são indivíduos solitários, os grupos mais comumente avistados são pares compostos por mãe e filhote, formações de grupos reprodutivos com fêmeas e machos podem ser observados durante a temporada reprodutiva, com até 12 indivíduos.

Dieta: A estratégia alimentícia das baleias-francas-austrais consiste na “filtragem” da água onde está o alimento através de suas cerdas bucais. Esse alimento consiste em pequenos copépodes (grupo de crustáceos que fazem parte da fauna de invertebrados aquáticos), zooplâncton e principalmente o Krill (Euphausia superba e Munida gregaria).

Reprodução: Machos e fêmeas maturam entre 6 e 7 anos de idade. Onde as fêmeas têm seu primeiro filhote, entre 8 e 9 anos de idade, sendo que cada fêmea pode gerar somente 1 filhote a cada 3 anos, em média.

Curiosidades: O gênero Eubalaena possui comprovação de expectativa de vida em torno de 60 anos. É característico por possuir o borrifo em forma de “V”, sua gestação dura em torno de 12 meses e os filhotes nascem com em média 5 metros de comprimento e 4 a 5 toneladas de peso. Os indivíduos da espécie podem ser identificados individualmente por suas calosidades da cabeça, que funcionam como a impressão digital em humanos.

Piru-piru

Características

Nome Científico: Haematopus palliatus Temminck, 1820

Nomes comuns: Piru-piru

Status internacional: Menos Preocupante (LC) (classificação da IUCN).

Status no Brasil: Quase Ameaçado (NT) (classificação do MMA).

Distribuição: Ocorre em todo o continente Americano.

Habitat: Habita regiões costeiras, geralmente de praias arenosas, sendo também observado em costões rochosos. No Rio Grande do Sul, é observado praticamente ao longo de toda a costa, incluindo algumas importantes unidades de conservação, como o Refúgio de Vida Silvestre da Ilha dos Lobos, o Parque Estadual de Itapeva e o Parque Nacional da Lagoa do Peixe.

Principais Ameaças: Destruição das dunas costeiras, trânsito de veículos na praia e presença de cachorros soltos nas praias e dunas costeiras.

Tamanho: 40 a 44 cm de comprimento. A envergadura da asa atinge cerca de 80 cm.

Massa corporal: 400 a 700 gramas, sendo as fêmeas maiores que os machos.

Dieta: Alimenta-se de invertebrados marinhos que vivem na areia e em formações rochosas. Dentre suas principais presas estão o marisco-branco (Amarilladesma mactroides), moçambique (Donax hanleyanus) e mexilhão (Perna perna). Os filhotes são alimentados pelos pais no primeiro mês de vida.

Reprodução: São territorialistas e fazem seus ninhos nas dunas costeiras especialmente na primavera. Os ninhos usualmente contêm dois ovos e o período de incubação é de cerca de 24-28 dias.

Longevidade: 17 anos.

Curiosidades: Espécie monogâmica, sendo que alguns casais se mantêm fiéis por vários anos. Ambos os pais estão envolvidos na construção e defesa do ninho, incubação dos ovos e alimentação dos filhotes.

Leão-marinho-sul-americano

Características

Nome científico: Otaria flavescens

Nomes comuns no Brasil: Leão-marinho-sul-americano

Status internacional: Menos preocupante (LC) (Least Concern - IUCN).

Status no Brasil: Não avaliado na última revisão (Portaria Nº 444/2014).

Status no Rio Grande do Sul: Quase Ameaçado (NT) (Near Threatened – Decreto Estadual Nº 51.797/2014).

Distribuição: O Leão-marinho-sul-americano se distribui do sul do Brasil até o Cabo Horn no extremo sul da América do Sul no Oceano Atlântico, e do Cabo Horn a Salinas no sul do Equador, no Oceano Pacífico. As colônias reprodutivas da espécie estão localizadas em praias e ilhas costeiras no Uruguai, centro-sul da Argentina, ilhas Malvinas/Falkland, Chile e Peru. No Brasil, não existem colônias reprodutivas do leão-marinho-sul-americano, contudo indivíduos da espécie são encontrados todos os anos na região, sendo o Refúgio da Vida Silvestre da Ilha dos Lobos em Torres e águas adjacentes o limite norte de sua distribuição. A presença da espécie no Brasil ocorre principalmente nos meses de inverno e primavera, quando os machos se deslocam de suas áreas reprodutivas no Oceano Atlântico, principalmente da costa Uruguaia, para águas brasileiras.

Habitat: O leão-marinho-sul-americano é uma espécie que ocupa águas costeiras, no entanto também pode utilizar ambientes mais afastados da costa durante suas viagens de alimentação.

Tamanho e peso: Os machos adultos podem atingir até 2,70 m e pesar 350 kg. As fêmeas são bem menores que os machos, chegando a 2,20 m e 150 kg. Os filhotes nascem com cerca de 85 cm e pesam entre 10 e 15 kg.

Características externas: O leão-marinho-sul-americano apresenta uma coloração variando do marrom, pardo-avermelhado ao amarelado, principalmente nas fêmeas adultas. Apresentam um focinho grande e achatado, mais proeminente nos machos subadultos e adultos. Os machos adultos apresentam uma juba proeminente na cabeça, pescoço e peito.

Dieta: A dieta do leão-marinho-sul-americano é baseada principalmente em peixes, mas também inclui cefalópodes e crustáceos. No Brasil, a espécie se alimenta fundamentalmente de peixes ósseos. As presas descritas como as mais importantes em sua dieta no sul do Brasil, foram os peixes, maria-luiza (Paralanchurus brasiliensis), pescada-amarela (Macrodon atricauda), corvina (Micropogonias furnieri), pescada-olhuda (Cynoscion guatucupa), castanha (Umbrina canosai), brota (Urophycis brasiliensis), peixe-espada (Trichiurus lepturus) e anchova (Pomatomus saltatrix).

Curiosidades: Os leões-marinhos têm o hábito de seguir as embarcações de pesca e se alimentar de peixes nas redes. Este comportamento gera um grande conflito entre a espécie e o setor pesqueiro ao longo de toda a sua distribuição, onde os pescadores alegam que essas interações geram reduções nas capturas e perdas econômicas significativas.

golfinho-nariz-de-garrafa

Características

Gênero: Tursiops

Nomes comuns no Brasil: golfinho-nariz-de-garrafa, boto, boto-da-barra, boto-da-tainha.

Distribuição: O gênero é considerado cosmopolita, ocorrendo em zonas tropicais e temperadas de todos os oceanos. No Oceano Atlântico Sul Ocidental se distribui desde a costa do Amapá, no Brasil até a Província de Chubut, na Argentina, com alguns registros na Terra do Fogo, no extremo sul do continente americano.

Habitat: Adaptado a diferentes habitats, ocupa regiões oceânicas e costeiras, mares internos e também estuários. No sul do Brasil, frequentemente adentra estuários como na Barra do Rio Tramandaí e Lagoa dos Patos. É também encontrado ao redor de ilhas oceânicas como no Arquipélago de São Pedro e São Paulo e no Atol das Rocas.

Tamanho: Até 3.85m quando adultos.

Peso: Podem atingir até 350kg de massa quando adultos.

Características externas: Possui corpo robusto e hidrodinâmico, em forma de torpedo, que lhes permite deslizar rapidamente através da água. Possui rostro curto, largo e nitidamente distinto da cabeça. A coloração varia de cinza claro à cinza escuro, quase preto, com a parte do ventre sendo geralmente mais clara que o dorso.

Dieta: Alimenta-se principalmente de peixes e em menor frequência de cefalópodes. No Rio Grande do Sul, as principais presas são peixe-espada (Trichiurus lepturus), maria-luiza (Paralonchurus brasiliensis), corvina (Micropogonias furnieri) e tainha (Mugil liza).

Curiosidades: Em todo o mundo, foram descritas mais de 20 espécies para o gênero Tursiops. Para o Oceano Atlântico Sul Ocidental (ASO), Fernando Lahille descreveu a espécie T. gephyreus, em 1908. Porém, ao longo dos anos, essa espécie caiu em desuso e grande parte dos cientistas adotou a espécie T. truncatus para os animais ocorrentes nessa área. A partir do ano 2000, novos estudos surgiram. Um deles sugere a existência de duas subespécies no ASO (T. truncatus truncatus e T. truncatus gephyreus) enquanto outro demonstra a existência da espécie T. truncatus e também da espécie descrita por Lahille, T. gephyreus, com ocorrência no sul do Brasil, Uruguai e Argentina.

Lobo-marinho-sul-americano

Características

Nome científico: Arctocephalus australis

Nomes comuns no Brasil: Lobo-marinho-sul-americano

Status internacional: Menos preocupante (Least Concern - IUCN).

Status no Brasil: Não avaliado na última revisão (Portaria Nº 444/2014).

Status no Rio Grande do Sul: Não avaliado na última revisão (Decreto Estadual Nº 51.797/2014).

Distribuição: O lobo-marinho-sul-americano se distribui ao longo da América do Sul, nos Oceanos Atlântico e Pacífico. As colônias reprodutivas da espécie estão localizadas em praias e ilhas costeiras no Uruguai, centro-sul da Argentina, ilhas Malvinas/Falkland, Chile e Peru, sendo a Isla de Lobos no Uruguai a maior colônia reprodutiva da espécie. No Brasil não existem colônias reprodutivas do lobo-marinho-sul-americano, contudo centenas de indivíduos da espécie, principalmente jovens de menos de um ano de idade, são encontrados todos os anos nas praias da região sul do Brasil. A presença da espécie no Brasil ocorre principalmente nos meses de inverno e primavera, quando os animais podem ser avistados até na região sudeste do país.

Habitat: O lobo-marinho-sul-americano é uma espécie que ocupa águas costeiras, no entanto costuma se alimentar em zonas mais afastadas da costa em ambientes pelágicos.

Tamanho e peso: Os machos adultos podem atingir até 2 m e pesar 200 kg. As fêmeas são bem menores que os machos, chegando a 1,40 m e 60 kg. Os filhotes nascem com cerca de 60 cm e pesam 4 kg.

Características externas: O lobo-marinho-sul-americano apresenta coloração marrom escura, com o ventre eventualmente alaranjado. O focinho é mais fino e alongado do que o leão-marinho, possuindo longas vibrissas (bigodes). Assim como o leão-marinho-sul-americano, a espécie é altamente dimórfica, com machos maiores que as fêmeas. Diferentemente dos leão-marinho-sul-americano, os machos adultos, não apresentam uma juba proeminente na cabeça, pescoço e peito.

Dieta: A dieta do lobo-marinho-sul-americano é composta por peixes pelágicos e cefalópodes, mas também consome crustáceos. No Brasil, a espécie se alimenta principalmente do peixe-espada (Trichiurus lepturus), anchoveta (Anchoa marinii) e de lula (Doryteuthis sanpaulensis).

Curiosidades: O lobo-marinho-sul-americano foi a principal espécie, de lobos e leões marinhos, casada comercialmente na América do Sul. A caça para a comercialização da pele e genitália (machos), correu desde o século XVI até 1991. Atualmente a espécie, assim como as demais espécies de mamíferos marinhos, encontra-se protegida ao longo de toda a sua distribuição.

Baleia-de-Bryde

Características

Nome Científico: Balaenoptera edeni / brydei

Nomes comuns: Baleia-de-Bryde

Status internacional: Pouco preocupante (classificação da IUCN).

Status no Brasil: Deficiente em dados (classificação do MMA).

Distribuição: Ocorre em todo mundo, em águas tropicais e temperadas.

Habitat: Na costa leste da América do Sul possui registros desde a Venezuela ao Sul do Brasil, geralmente em regiões com águas quentes e de temperaturas subtropicais.

Ameaças: Extração de seus recursos, aumento no tráfego de barcos e poluição ambiental.

Comprimento: Fêmeas da baleia de Bryde comum (B. brydei) são maiores que machos, com tamanhos máximos de 14.6m e 15.6m, respectivamente. Entretanto a forma menor da baleia de Bryde (B. edeni) atinge a maturidade com 9m e atinge apenas 11.5m.

Peso: Adultos pesam entre 13,600 e 15,000 kg.

Tamanho de grupo: Embora sejam solitárias em geral, podendo formar grupos para alimentação em águas costeiras e de até 30 animais em águas oceânicas.

Dieta: Diferente de outras baleias de seu gênero que consomem krill, costuma se alimentar também de peixes e cefalópodes. No sudeste do Brasil a espécie foi observada se alimentando de sardinha (Sardinella brasiliensis) e cavalas (Scomber japonicus).

Reprodução: Existem registros de nascimentos em diferentes estações. O período de gestação é de 11 a 12 meses e o tempo de amamentação é em torno de 6 meses, com nascimento de apenas um filhote por vez.

Curiosidades: Foi verificado um aumento de encalhes de baleias de Bryde nas últimas décadas na costa do leste América do sul. No entanto, a razão deste aumento não está clara..

Tartaruga-de-couro

Características

Nome Científico: Dermochelys coriacea

Nomes comuns: Tartaruga-de-couro ou Tartaruga-gigante

Status internacional: Vulnerável (classificação da IUCN)

Status no Brasil: Criticamente em Perigo (classificação do MMA)

Distribuição: Todos os oceanos tropicais e temperados do mundo.

Habitat: Vive usualmente na zona oceânica durante a maior parte da vida. A única área regular de desova conhecida no Brasil situa-se no litoral norte do Espírito Santo.

Tamanho: Até 178cm de comprimento curvilíneo de carapaça.

Peso: Em média 400kg.

Casco (carapaça): Composto por uma camada de pele fina e resistente e milhares de pequenas placas ósseas, formando sete quilhas ao longo do comprimento, daí o nome popular, de couro. Apenas os filhotes apresentam placa

Cabeça: Proporcionalmente pequena, com mandíbulas poderosas em forma de W, com lâminas afiadíssimas para a captura de águas-vivas.

Nadadeiras: As dianteiras podem atingir mais de dois metros.

Dieta: A dieta é composta por zooplâncton gelatinoso, como celenterados, pyrossomos e salpas.

Nº de ninhos no Brasil: Aproximadamente 120 por temporada

Curiosidades: A área conhecida com desovas regulares situa-se no Litoral norte do Espírito Santo, próximo à foz do Rio Doce.

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